Fim de semana aleatório. Mas nem tanto.
Patrícia
Uma vez quando estava indo visitar sua amiga Cláudia conheceu um garoto. O clima rolou na hora, mas não podia ficar com o menino ali, precisava fazer um charminho. Arranjou-lhe o telefone celular. Ficou apaixonadíssima, ele era um gato. Pensou em pegar o telefone do menino, mas não, eles é que sempre deviam ligar.
Acordou atrasada para um almoço familiar. Depois passaria no centro comercial da cidade para comprar uma blusa preta, afinal essa era a festa do fim de semana: black total. Atrasou toda a casa, já acordara tarde e ainda precisava fazer chapinha. Onde já se viu sair de casa sem chapinha e sem salto? Definitivamente não. Havia passado a madrugada no computador, como de costume. Escutou sua mãe berrando umas 3 vezes. Ela que esperasse, o almoço não sairia voando da casa da avó. E carregava a certeza de que, no final das discussões, a vó daria razão a neta.
Enfim, todos estavam a caminho do bairro da Conceição. Dá pra trocar essa música mãe? Põe lá na 98. Mas lá só toca essas modinhas filha! Por isso mesmo dona Célia! Adorava chamar sua mãe dessa forma. A mãe fez sua vontade.
Um dia a filha aprenderia com os gostos musicais requintados dos pais. Era questão de tempo. Cumprimentou a todos e foi ver o que prepararam para o almoço. Havia peixe e salada. Até perdera um pouco a fome, detestava peixe, mas certamente a vó não se esquecera deste detalhe. De fato a avó não esquecera. Preparara uma opção especial pra neta. E achava mesmo que Patrícia não lia muito, só falava de festas, badalações e de roupas novas e dinheiro para comprar perfumes, além de comentar os babados das amigas. Entretanto, Dona Carminha achava isso um tanto normal, era coisa da idade.
Alô? Oiiii Claudinhaaaaaaaaaa, estou na casa da minha vó... Ah sim claro, irei na cidade daqui a pouco. Quando eu chegar em casa te ligo pra gente combinar sobre hoje a noite... Amiga, está só começando o fim de semana! E realmente só estava começando. As horas não passavam, ainda eram 3 e pouco da tarde, e a festa demoraria a chegar...
Patrícia chegou em casa, largou as coisas sobre a cama, tirou o sapato, colocou o celular sobre a mesinha e telefonou.....
Claudinhaaaaaaaaaaaa! Sou eu de novo. E aí querida, o Pablo vai na festa?
Vai sim, claro!
Ah é? E como você sabe?
Instinto feminino!
4 Comentários:
uma típica adolescente...
muito, muito booom!!!
=)))
Patrícia, vc é a filha que minha mãe adoraria ter: vaidosa, ama fazer compras, deve ser linda, personalidade cor-de-rosa! Quem sabe vc não me anima a voltar para as baladas? Amo dançar! :) Bjos
"A vida mais doce é não pensar em nada".
Friedrich Nietzsche
Podemos combinar Malu, que tal? Acho mesmo que vc deveria se divertir um pouco, as vezes é preciso, esse mundo é muito fútil. E preciso conhecer sua mãe então!
Bjo, Paty.
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